IMPACTO DA NOVA PRÁTICA CONTÁBIL DE ARRENDAMENTO NOS INDICADORES FINANCEIROS DE EMPRESAS DO VAREJO NO BRASIL

Autores

  • EVALDO DE SOUZA SILVA Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
  • JORGE ANDRADE COSTA Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.53826/2763-7069.v2n1.2021.id32

Resumo

Este estudo teve como objetivo verificar como a nova prática contábil de arrendamento por meio da adoção do CPC 06 R2 afetou os indicadores financeiros das empresas abertas de varejo no Brasil, com ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). A nova norma entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019 e trouxe uma nova forma de reconhecimento contábil de arrendamentos, pois todos os contratos de arrendamento do ponto de vista dos arrendatários passaram a ser evidenciados no balanço patrimonial como um ativo de direito de uso e um passivo de arrendamento correspondente, diferenciando-se do pronunciamento anterior em que havia a contabilização sistemática do arrendamento operacional em conta de despesa conforme a competência contábil. O setor escolhido para a pesquisa foi o de varejo, pois ele se utiliza de diversas lojas físicas e centros de distribuição. Os aluguéis, de uma forma geral, passaram a se enquadrar nas novas definições de arrendamento dispostas na nova norma. Para apurar o impacto dessa alteração foi feito um levantamento das demonstrações contábeis das 11 maiores empresas do setor varejista e foram calculados os principais indicadores financeiros tais como os índices de liquidez, endividamento e o EBITDA, antes e após a adoção da nova norma. Os resultados obtidos foram submetidos a um teste estatístico de médias não paramétrico, o teste de Wilcoxon. Com base nas evidências obtidas foi possível afirmar que houve mudança significativa nos índices de liquidez geral, EBITDA, índices de endividamento e imobilização, com possíveis reflexos, por exemplo, nos covenants dos contratos.

PALAVRAS-CHAVE: arrendamento, prática contábil, setor varejista, indicadores financeiros.

Biografia do Autor

EVALDO DE SOUZA SILVA, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Estudante dedicado, procurou estagiar na área desde o início de sua graduação. Há mais de três anos atua na Amazon Brasil, uma das maiores empresas do mundo, com forte presença nos setores de varejo e de computação em nuvem. Atuou em diversas áreas dentro da contabilidade e mais recentemente auxilia no controle do ativo imobilizado.

JORGE ANDRADE COSTA, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Professor Doutor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professor em Cursos de MBA na FIPECAFI. Membro da Comissão de Desenvolvimento Científico do CRC/SP. Contador, Atuário, MBA Controller e Mestrado em Contabilidade; Parecerista e Autor na Área Contábil. Especialista na Contabilidade Bancária, Contabilidade Internacional e Contabilidade de Seguros. Membro de Diversos Comitês de Auditoria e Conselhos Fiscais. Foi Membro do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), do Conselho Fiscal da FEBRABAN, da Comissão Contábil da FEBRABAN (Diretor da Comissão), FENASEG e ABRASCA, além de Membro do Comitê de Finanças e Controladoria da CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos).

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Publicado

2022-01-31

Edição

Seção

Artigos - Contabilidade Financeira, Auditoria e Tributação